Há alguns meses, o Facebook sofreu duras críticas por permitir a veiculação de dois trailers do filme Straight Outta Compton, com diferentes pontos de vista, com base na etnia dos usuários. Na época, a empresa foi acusada de discriminação por ativistas. De acordo com o site Engadget, a rede social continua permitindo que os anunciantes escolham quem vê sua propaganda com base no que chama de “afinidade étnica”.

Como funciona?

O Facebook não pede que os usuários se identifiquem racialmente, mas recolhe dados de suas atividades e atribui a cada pessoa uma “afinidade étnica. Assim, determinados eventos, histórias e organizações são classificados como mais ou menos interessantes para cada um desses grupos étnicos.

A política da rede social proíbe o uso de suas ferramentas de segmentação de anúncios para “discriminar, assediar, provocar ou menosprezar os usuários ou utilizar práticas predadoras de publicidade”.

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É proibido

A agência ProPublica, no entanto, mostra que um anúncio de casas no Facebook que excluía qualquer pessoa com “afinidade” para grupos minoritários foi aprovado 15 minutos após ser submetido. Especialistas em direito dos Estados Unidos afirmam que a medida viola a Lei de Direitos Civis de 1964, que proíbe qualquer discriminação com base em raça, cor, religião, sexo ou nacionalidade.

Questionado, o Facebook afirmou que o anúncio não estava buscando inquilinos ou compradores individuais e sim informava sobre um evento sobre o setor de habitações. Assim, a segmentação foi aplicada a potenciais participantes, e não clientes. “Todas as grandes marcas têm estratégias para falar com diferentes públicos. Apenas para fins de ilustração, uma fabricante de carros pode criar campanhas exclusivas em espanhol para falar com o público latino-americano, pode criar um outro anúncio com atores negros para os afro-americanos e sublinhando uma visão específica para determinado público. Todas as grandes marcas fazem isso porque eles sabem que o público responde melhor a um anúncio que fala especificamente com ele”, se defendeu o Facebook em um comunicado.

Via Engadget